16 maio 2006

Segredo

Fátima

Uma das piores coisas que pode acontecer é a um blogger é sentir a obrigação de andar atento a tudo o que o rodeia para assim encontrar uma justificação para mitigar o sentimento de culpa derivado do facto de andar sem escrever. Pois a mim já me aconteceu. Fica esclarecido. Não sei se foi essa patologia que aqui me fez regressar com tanta brevidade, mas a possiblidade existe.

Estava ali a ver o "Levanta-te e Ri", sempre naquela esperança dolente de encontrar um novo Bruno Nogueira, e estava o Carlos Moura (digo "o" porque, confesso, tenho uma relação relativamente estável com o programa) a falar do passado 13 de Maio, feriado, Fátima, aparição, etc. O patuá envolvia, naturalmente, umas palavras dedicadas às lojas de souvenirs que dão colorido à paisagem de Fátima. E aí, como descrente, lembrei-me de uma ida familiar a Fátima que envolveu passagem por uma dessas santas fileiras comerciais. Depois, lembrei-me que havia uma ligação qualquer entre a minha descrença e aquilo que lá fiz quando era puto e não sabia patavina sobre ironia.

O único objecto com a imagem de Fátima que alguma vez foi meu foi-me oferecido dessa vez e era um canivete de tamanho nada desprezível e com duas lâminas que cortavam de facto.

Mas isto pode ser do meu ouvido, que é 1 pouco mouco.

4 comentários:

  1. é uma boa justificação. bem sustentada.

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  2. a igreja é a melhor definição para algo hipócrita...

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  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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