Nunca fui especialmente dado a clubes, filiações, associações, agremiações e corporações. Os clubes de que faço parte são, no entanto, portentosos em dimensão, em influência, em vitalidade e acção social. É esse, por exemplo, o caso do Sport Lisboa e Benfica e do Automóvel Club de Portugal.
Por estes dias há, porém, um novo clube pronto a receber-me. É um clube informal, sem vínculos, uma coisa que nada tem de oficial. É o clube dos portugueses que sentem o cheiro do limiar da pobreza. Nunca é tarde para conhecer novos mundos.
Não quero, sobretudo, deixar passar esta ocasião sem fazer um agradecimento, mesmo que genérico. Quero, nesta ocasião, agradecer a todos quantos tornaram possível este facto. Em especial às entidades, individuais ou colectivas, que ao longo de um período assinalável não responderam às ideias e propostas que apresentei. Nada. Para esses, especialmente aqueles com quem me relacionei durante bons anos, reservo um espaço no meu coração.
Mas isto pode ser do meu ouvido, que é 1 pouco mouco.
P.S.: Talvez depois por aqui fale de música nova, que este 2007 está que nem ginjas: The Good, The Bad & The Queen, The View, Klaxons, Maccabees...
Força camarada, depois da tempestade, vem a bonança.
ResponderEliminarO humor não paga contas, mas pelo menos mantém um gajo à tona. E em bom humor és um Rockfeller. Aos outros, os pobres de espírito, um das caldas, para o género grosso.
Tu tens um conhecimento e uma prática invejáveis do fenómeno musical. Devias por tentar isso a render de uma forma bem pragmática. Se calhar a ideia é uma josta, mas ainda no outro dia estava a falar com uns amigos sobre como se aprende a ouvir música e a ela surgiu.
ResponderEliminarDe certeza que já te perguntaram (não os amigos do meio, mas o resto do mundo que, por exemplo, nunca comprou o Blitz nem uma revistinha de música a vida toda, ou que até tem umas luzes mas já não se consegue manter a par das novidades e tendências - e são tantas!) "epá...tu sabes imenso de música...como é que sabes tanto de música?". E de certeza que pensaste "sei lá...sempre ouvi, sempre li, sempre acordei e adormeci a pensar nisto...". A que se segue um "diz-me aí umas coisas porreiras para ouvir", a que se segue um aperto no estômago, um "do que é que tu gostas?" e outro aperto no estômago ao pensar que, em face da resposta, o tipo tem várias dezenas de anos de música para recuperar...
Agora há gajos a prestar consultoria em tudo – fundraising, imagem, iluminação, comprar roupa, escolher férias, escolher restaurantes, personal trainers...eu sei que talvez soe um bocado mercenário e menos amante da música; mas porque é que não fazes uma coisa destas? Arranjas uma espécie de clube/comunidade de gente que te contrata – sim, te paga - para os aconselhares, explicares, guiares, dares trabalhos de casa (“meninos, o TPC de hoje é ouvir Sly & Robbie e encontrar pontos comuns com Sex Pistols”), partilhares a tua experiência, o teu conhecimento, a tua paixão pela coisa. O formato até podia ser totalmente virtual, uma espécie de Fórum Sons com legendas para iniciados. Bem sei que para os teus padrões seria desmamar meninos, mas conheço quem sempre te tenha lido, te tenha admirado e que gostasse de uma coisa destas.
Enfim, é uma ideia.
Musical Personal Trainer, eheheh...
no seguimento do post do anónimo, lembro-me de sugerir aulas dadas por V. Excia na ETIC ou Restart...
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