22 setembro 2005

Coelhinho coelhinho...

Echo & The Bunnymen

Quando, por exemplo, se pedia a Johnny Cash que revolucionasse a sua própria música, ele respondia com versões tão deliciosas e improváveis quanto a de "Personal Jesus", dos Depeche Mode. Uma delícia, vincada unanimemente por todos quantos opinaram sobre a série de discos gravados para a American Recordings de Rick Rubin.

Aos Echo & The Bunnymen (ou melhor, ao desejado reecontro de Ian McCulloch com Will Sargeant), parece exigir-se o céu e a Terra no espaço de 11 canções. Porque são originais num álbum novo, porque ainda ninguém passa sem um calafrio por álbuns como "Ocean Rain" e "Porcupine". Ora o novo "Siberia" é nada menos que maravilhoso.

Ostentanto tudo menos uma patética grandiloquência, "Siberia" condensa em canções como "Stormy Weather" e "In The Margins" uma flutuação pop sem tempo. Repetindo: sem tempo. "Siberia" não é um disco anacrónico. É, como alguém já lhe chamou, imperial. O morto que dá piruetas no caixão.

Mas isto pode ser do meu ouvido, que é 1 pouco mouco.

2 comentários:

  1. Confesso que gosto de ler críticas de discos e, sobre este disco, já li uma opinião completamente diferente. O que eu quero dizer com isto é que eu era capaz de pagar para assistir ao debate entre dois críticos de música sobre um disco que gerasse opiniões contrárias... apenas isso.

    Gosto do blogue.

    VH.

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  2. Mais um bom disco para estes "sinhores". Como sempre

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