03 dezembro 2005
Sande de payola
Há não muito tempo falei neste humilde espaço de uma negociata que envolvia a Sony/BMG como gentil pagadora de serviços radiofónicos prestados. Na altura, a coisa resolveu-se juducialmente por 10 milhões de dólares.
A última história do género dá conta do envolvimento da Warner Music em práticas semelhantes. Eliot Spitzer, "general attorney" (figura sempre difícil de traduzir para português) em Nova Iorque, esmiuça as práticas da empresa citado pela Agência Reuters: "Spitzer said the financial benefits involved direct bribes to radio programmers, including airfare, electronics, and tickets to sports events and concerts; payments for operational expenses; radio contest giveaways; hiring independent promoters to funnel illegal payments to radio stations, and buying "spin programs" to artificially increase airplay".
Pode a Humanidade, entretanto, ficar descansada. A Warner Music vai largar 5 milhões de dólares (agora para programas de educação musical) e - ainda de acordo com a Reuters - "stop making payoffs in return for airplay, and fully disclose all "items of value" provided to radio stations, Spitzer said. It also issued a statement acknowledging its "improper conduct", the attorney general said". Meninos bonitos.
Isto parece vir, de alguma forma, na sequência dos posts anteriores. Não vem, mas pode sempre perguntar-se: como é em Portugal? Há uns bons 10 anitos soube de um caso em que um "industrial" ofereceu uma viagem a uma das regiões autónomas portuguesas para que determinado disco entrasse na playlist de uma determinada rádio. Na versão que conheci, um responsável pela rádio mandou-o para casa para não mais aparecer nas instalações da emissora. Caso ainda não tenha ficado claro, isto é o que deve ser feito.
Mas isto pode ser do meu ouvido, que é 1 pouco mouco.
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