02 fevereiro 2006
As marcas
Isto de andar, de alguma forma conduzido e obrigado, a visitar um ou outro "blog de gaja" acaba por produzir os seus efeitos. Lembrei-me que, como "as gajas", eu próprio também sou dado ao apego por um número apreciável de marcas. Pior: marcas de vestuário. Descansai o gentil leitor porque nenhuma delas se insere no eixo Barbour-Louis Vouitton.
Tudo isto a propósito de, no que toca ao meu gosto e àquilo que gosto de alimentar como o meu estilo (mesmo que o respectivo não tenha, numa análise feita por terceiros, estilo nenhum), considerar que Portugal é um país muito atrasado. Como qualquer melómano e pessoa interessada nas mais diversas tendências estéticas e outras menos cerebrais, consumo publicações estrangeiras. E nessas desfolho, semana sim semana sim, dezenas de páginas de publicidade a marcas que, enquadradas em algo que podia descrever-se como o hip hop-street-wear, em Portugal ou são pura e simplesmente ignoradas ou andam escondidas num ou noutro cafofo mais arrojado no negócio da importação.
Um destes dias, um amigo meu especialmente dado aos Polos e aos Hilfigers da vida, perguntava-me onde podia encontrar roupa de uma marca que há anos consumo com especial prazer, a Carhartt. Felizmente para ele, e para muitos outros que entretanto se foram apercebendo do potencial encanto do género beto-radical, a Carhartt já tem representação portuguesa. Como, ao longo dos últimos anos, fui assistinto à entrada no mercado nacional de marcas como a Etnies, a Element ou a DC, hoje perfeitamente adoptadas por jovens (lá vem a palavra, mas não me ocorre outra...) de todo o tipo.
O que aqui me traz, nesta circunstância, é uma relativa (muito relativa, diria) frustração por não encontrar em Portugal, de forma mais ou menos visível, uma série de marcas que, só num serão, apesar de já há muito ter assinalado mentalmente, ter assinalado fisicamente em revistas como a Fader, a i-D, a King, a Hooker, a Lodown, a XLR8R e a Style. Vou passar a enumerar essas marcas. Exijo reacção urgente. Ou então começo eu a pensar nos incentivos à criação de empresas...
A Bathing Ape (logotipo na imagem)
Akademiks
Billionaire Boys Club
Boxfresh
Ecko Unlimited
Emerica
Enyce
Franklin & Marshall
Freshjive
iPath
Irie Daily
Lugz
Matix
Mecca
PF Flyers
Roca Wear
Spiewak
Triple Five Soul
Bem sei que algumas delas já não são ilusão óptica no corpo de alguns cidadãos, mas nada disso é suficiente. Os portugueses têm que entrar nesta corrida. Digo eu, que não sou "gaja".
Mas isto pode ser do meu ouvido, que é 1 pouco mouco.
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