Sonotone do dia:
Gogol Bordello: "Gypsy Punks - Underdog World Strike" (Setembro 2005)
Veredicto:
Voltamos à história de a música ser com frequência um contexto. Não é musicalmente que os bizarros Gogol Bordello se revelam coisa absolutamente relevante. Fazem-no, no entanto, por serem produto do percurso do mentor do colectivo, Eugene Hütz, que passou as passas do Algarve na sua Ucrânia e como refugiado na Polónia, Hungria, Áustria e Itália. Antes de poisar a trouxa em Nova Iorque e, sem perder a ironia e o humor que outros teriam deixado pelo caminho, dar vida aos Gogol Bordello no ponto em que se cruzam as linhas do punk com a da música dita cigana com origem na citada Ucrânia. No momento, os Gogol Bordello não são, ironicamente, apenas "Gypsy Punks". São uma coisa, perdoai a expressão, mais global. No sentido em que muito mais conflui agora para o seu apeadeiro, nomeadamente a inesperada cultura jamaicana. Os Gogol Bordello deste álbum não são só um bicho exótico para os nossos dias de escapismo, daqueles habitualmente descritos como "banda sonora dos filmes de Emir Kusturica". São, antes, um descomplexado festim de alfinete na bochecha e faca na liga. 75,2% de satisfação garantida.
Mas isto pode ser do meu ouvido, que é 1 pouco mouco.
16 novembro 2005
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