18 novembro 2005
Um toque de classe borda fora
(início de citação)
"Todos a bordo!
O cruzeiro a África foi uma locura. Pode mesmo dizer-se que foi o cruzeiro das festas – como alguns dos convidados chamavam ao navio em que Luís Evaristo nos presenteou com mais um BeOne on Board. Sexta-feira, embarque às 17h00, seguido dos devidos preparativos para o jantar de gala a bordo – mais tarde, já com as roupas trocadas, o festão decorreu em duas discotecas e quase ninguém dormiu, tal era a vontade de não perder pitada.
Sábado chegámos a Tânger por volta das 14h00, desembarcámo-nos e dirigimo-nos à Medina e ao mercado, com a ajuda de um guia – que tentou levar-nos a todo o lado menos aonde queríamos. O que quer que eu tente descrever não é nada comparado com a realidade. Tânger é bastante feia, muito suja e as pessoas têm um aspecto assustador. Por várias vezes tentaram aldrabar-nos, chegando a limites inauditos como o de nos pedirem três mil euros por uma garrafa de água! Apesar de já ter viajado muito, nunca tinha visto uma cultura assim – e sendo eu loira não me senti nada segura ou confortável com a cidade... Resumindo, acabei por não comprar quase nada e voltei ao barco mais cedo do que era suposto. Já em segurança, animou-me a festa marroquina, com toda a gente trajada a rigor.
A seguir ao jantar, mais um festão que voltou a acabar de madrugada – e desta vez não deu mesmo para dormir já que fomos “expulsos” dos camarotes às 9h00, para só conseguirmos sair do navio lá para as 14h00. Tudo porque um marroquino se infiltrara no barco e passara uma noite em grande – uma quebra inadmissível na segurança. Já cá fora, esperava-nos um grupo de policias, com cães, para se certificarem de que ninguém vinha carregado de mercadorias ilegais – e não sei como é que, depois de tantos avisos da organização, ainda houve quem fosse apanhado com droga na mala!
De volta a casa, a única coisa que queria mesmo era a minha cama, onde caí redonda e só acordei na segunda para ir para as aulas. Mas o saldo foi bastante positivo. Aliás, devia haver mais gente a arriscar fazer eventos como estes – já estamos todos fartos dos lançamentos, “cocktails” e festas em terra!"
(fim de citação)
O excremento que acima se transcreve foi publicado, no formato de crónica, no semanário O Independente. É assinado por Catarina Jardim, que os mais dados às coisas mundanas conhecem como Pimpinha Jardim.
A moça já foi, desde então, achincalhada até mais não pela qualidade dos seus pensamentos e pela forma como os expõe no pedaço de lixo aqui citado. Chega disso. Na maior parte dos casos, uma pessoa limitada não tem culpa de sê-lo.
Rápida passagem por revistas "do social" mostram que Pimpinha Jardim é namorada de um jovem que é filho de Inês Serra Lopes. Inês Serra Lopes é directora d'O Independente.
Inês Serra Lopes, essa sim, perdeu a noção do ridículo logo depois de ter-se esquecido que o jornalismo, por muito que esteja entregue ao sector privado, tem uma ética, tem princípios e tem uma cartilha de exigências. Ou isso ou, por engano, mandou publicar na revista Vida Independente uma composição de escola primária escrita pela sua "nora".
Quem está a pedi-las, neste caso, não é a pobre moça Jardim. Quem cometeu este crime jornalístico foi a directora d'O Independente. E fazer humor com isto é tão fácil que se torna difícil.
Mas isto pode ser do meu ouvido, que é 1 pouco mouco.
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impiedoso contudo certeiro :)
ResponderEliminarCaro Luís:
ResponderEliminarIt's a dirty job, but somebody's gotta do it.
Cheers!
Pois quando li essa pérola jornalista pensei para meus botões...como pode isto acontecer...sim eu sei é portugal...mas mesmo assim!
ResponderEliminarAgora está tudo explicado...é nora!
LOLADA
Talvez fosse esse o elemento que faltava para compreender a coisa...
ResponderEliminarCheers!
antes tu a fazer o trabalho sujo que a pimpinha
ResponderEliminarObrigado pelo voto de confiança, Luís.
ResponderEliminar:)
Se eu tivesse um jornal e pudesse dormir com ela algumas vezes tb poderia escrever no meu jornal, penso que ng me levaria a mal. Com uma maminha assim...
ResponderEliminarRodrigo a partir a loiça mais uma vez com destemida lucidez.
ResponderEliminarClap clap clap, mate.
Cheers!
contundente.
ResponderEliminarbom apontamento do rodrigo.
inês serra "massacre do texas" lopes é uma miséria.
pobre menina jardim.
infeliz aquele que é filho da inês e namora com a pimpa.
cumprimentos.
Frase mais do que certeira, Nuno.
ResponderEliminarCheers!
Isto tudo me leva a perguntar que notas é que ela irá ter no final do semestre... O_o
ResponderEliminarNão querendo fazer o papel de advogado do diabo, (não o farei pois desprezo tanto a pimpinha como a sra. serra lopes) axo engraçado como num blogue, de (sobretudo) "critica" musical onde comentarios sobre discos (mtos deles só conheçidos após o visionameto do blog) e concertos, feitos por uma pessoa (pedro gonçalves) que é um entendido na matéria, o post mais comentado (corrigam-me s estiver enganado)seja sobre tais figuras que nem comentadas deviam ser. No fundo aqui está a prova do "porque?" delas existirem: Adorem-nas ou odeiem-nas comentem-nas!! é assim que jornais e revistas (de mto duvidosa qualidade) pensam, ao dar espaço livre a estas pessoas conhecidas por nada fazerem. E como, até neste blog, podem constatar eles (editores e donos d jornais) não parecem estar errados.
ResponderEliminarsem mais, até á proxima.
O "Independente" já começou por ser um grande jornal. Um jornal que se atrevia a mexer no marasmo salazarento que foi o Cavaquistão (foi esse o intuito de Portas, e que aquele definhou, o Independente deixou de fazer sentido, mas em relação ao Cavaquismo as pessoas têm a memória curta). Tinha uma fonte segura e anónima que era o Marcelo Rebelo de Sousa, até que este tramou Portas com uma notícia falsa e ambos deixaram de se falar. Teve gente de qualidade em frente: editores, jornalistas. Hoje, não passa de pasquim nojento, com páginas de moda, moda, mexericos. Tem jornalistas de série Z. Daqueles que não sabemos em que escola foram formados, se é que têm alguma formação. Política, nem falar. Cultura, nem falar. Não sei sinceramente para que serve este pasquim que traz ainda essa suprema anormal chamada Pimpinha Jardim
ResponderEliminarCaro António:
ResponderEliminarCompreendo na perfeição aquilo que escreve a este propósito.
Não me vejo com um papel tão determinante na divulgação de nova música, mas agradeço as palavras.
Debruçando-se o jovem 1 Pouco Mouco também sobre "miudezas circundantes" à música, pois que se manifeste democraticamente o estimadíssimo leitor onde bem lhe aprouver.
Felizmente, há mais música no mundo do que plumitivos e pasquins medíocres.
Cheers!
Olhe, adorei, sei lá!
ResponderEliminarAgora mais a sério, alguém me explica como é que, após escrever algo como "Tânger é bastante feia, muito suja e as pessoas têm um aspecto assustador. Por várias vezes tentaram aldrabar-nos, chegando a limites inauditos como o de nos pedirem três mil euros por uma garrafa de água! Apesar de já ter viajado muito, nunca tinha visto uma cultura assim", a rapariga consegue ter o descaramento de escrever "Já em segurança, animou-me a festa marroquina, com toda a gente trajada a rigor"??????
Uma vez que a referida rapariga e seus "enormes seios" se passeiam pelo mesmo edifício universitário que eu (e os meus, substancialmente mais reduzidos), vou aproveitar para lhe perguntar pessoalmente. O estalo, esse, vou guardá-lo para a sogra.
Já agora, alguém se lembra d'O Independente do Miguel Esteves Cardoso?